quinta-feira, 21 de junho de 2012

Cordel: a maior mentira de Chicó - Portal Vermelho

Cordel: a maior mentira de Chicó - Portal Vermelho

Renata Pallottini: Eu só quero fazer - Portal Vermelho

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Renato Rabelo: "Alice tem chances de chegar ao segundo turno" - Portal Vermelho

Renato Rabelo: "Alice tem chances de chegar ao segundo turno" - Portal Vermelho

PCdoB lança candidatura de Alice Portugal à Prefeitura de Salvador

Mila Cordeiro | Agência A TARDE

Alice Portugal é a primeira candidata oficial à prefeitura da capital baiana 

Alice Portugal é a primeira candidata oficial à prefeitura da capital baiana

O PCdoB foi o primeiro partido a confirmar um nome para disputar a prefeitura de Salvador nas eleições de 2012, que acontece no dia 7 de outubro. Neste domingo, 17, a deputada federal Alice Portugal entrou na disputa pela cadeira do Palácio Thomé de Souza.
Na coletiva de imprensa, realizada nesta manhã no auditório Mãe Menininha do Gantois, no Centro de Convenções da Bahia, além da candidatura de Alice, o partido também anunciou 65 candidatos à Câmara de Vereadores.
Estiveram presentes no evento o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, além de lideranças municipais e estaduais da legenda. O deputado estadual Deraldo Damasceno (PSL), os deputados federais Maurício Trindade (PR) e Antônio Brito (PTB) e a senadora Lídice da Mata (PSB), também marcaram presença.
Durante o evento também foi apresentado o layout provisório da campanha eleitoral da candidata.

domingo, 15 de janeiro de 2012

A Polícia Civil a serviço da "Grilagem"

Por: Bento Quinto




Eunápolis – 12/01/12 – O presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, Florestais e da Silvicultura de Eunápolis (STTR), Ailton Queiroz Lisboa, o Tico, denuncia pressão sofrida por dezenas de famílias de trabalhadores rurais sem terras que desde o sábado passado estão acampadas em conhecida área de litígio, localizada na microrregião do Córrego da Platina, no interior do Município. O acampamento é coordenado pelo Sindicato e pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado da Bahia (FETAG).





Tico Lisboa, explica: “estamos enfrentando a situação de uma área de mais de 490 hectares denominada Fazenda Monte Sinai, , onde ocupamos inicialmente no ano de 2001, sendo ela tida como devoluta (pertencente ao Estado), levando o Governo da Bahia a entrar com uma ação contra o senhor João Luiz Grave Bonfim, que se dizia proprietário”. “Recentemente”, prossegue, “surgiu o boato de que essa área teria sido adquirida por um empresário do ramo de laticínios da nossa Região”.



O sindicalista, que também é secretário de política agrária da FETAG-Ba, diz que “agora, recentemente, reocupamos a área e o Inácio Sampaio chegou lá com alguns policiais civis, os quais agindo de forma irregular nos levou a procurar a Promotoria Pública nesta quinta-feira e, com o nosso advogado já estamos preparando as ações cabíveis, ao mesmo tempo em que estamos noticiando o fato pela imprensa e informando a Casa Civil, a Secretaria da Segurança Pública e a Ouvidoria Agrária Nacional”. “Afinal, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Eunápolis não vai permitir que essa situação caminhe dessa forma”, enfatiza.



Para o presidente do STTR “dá entender que alguém está ganhando dinheiro com isso”, acrescentando que “a polícia não pode estar a serviço do latifúndio!... a Polícia é a força do Estado, ela é a voz do Estado e tem que estar a serviço do Direito e não da malandragem”. Diz ainda que “vamos levar isso à frente, buscando os caminhos legais para que os trabalhadores não tomem prejuízo e, vamos voltar para a área, coisa que faremos sem dúvida alguma”.
retirado do site: http://www.nossacara.com.br/ver.php?id=7641#.TxK9_lHahNw.facebook

quinta-feira, 19 de maio de 2011

João Amazonas um Grande exemplo de Luta!!!!

A VIDA DE JOÃO AMAZONAS (1912-2002)

Augusto Buonicore*

Revista Princípios Edição especial

João Amazonas, o fundador da revista Princípios, foi mais do que o principal dirigente de um partido político revolucionário. Ele foi uma verdadeira legenda. A sua vida se confunde com a própria história de luta do povo brasileiro no século XX. Ele é um exemplo de comunista e de brasileiro. Por tudo isso, como afirmou Bertolt Brecht, ele compõe as fileiras dos homens imprescindíveis.
Nascido em 1912 em Belém, no Pará, filho de família modesta, desde muito cedo se rebelou contra as péssimas condições em que viviam os trabalhadores. Em 1935, ingressou na Aliança Nacional Libertadora (ANL) e no Partido Comunista do Brasil.
Sua primeira tarefa partidária foi montar uma organização de base na fábrica onde trabalhava. Depois, partiu para organizar o sindicato da categoria. Este envolvimento sindical lhe acarretou sua primeira prisão.
Após o levante armado da ANL, em novembro de 1935, iniciou-se uma fase de dura perseguição aos comunistas. João Amazonas seria detido no início do ano seguinte e ficaria preso por mais de um ano. Saiu da cadeia poucos meses antes do golpe que instaurou a ditadura do Estado Novo. Amazonas, então, entrou na clandestinidade.
Em setembro de 1940 foi preso pela terceira vez. No início de agosto de 1941, ele e Pedro Pomar – algumas semanas depois de terem recebido a notícia da invasão das tropas nazistas na União Soviética – organizaram uma ousada fuga da prisão. Tendo chegado ao Rio de Janeiro, então capital da República, passaram a integrar o esforço de reorganização do PC do Brasil, cuja direção havia sido dizimada pela ditadura de Vargas.
Pouco tempo depois, em 1943, os comunistas puderam realizar vitoriosamente uma conferência nacional clandestina. Nela, Amazonas foi eleito membro do Comitê Central, ficando responsável pelo trabalho sindical e de massas. Foi o principal idealizador e organizador do Movimento Unificador dos Trabalhadores (MUT) e, em dezembro de 1945, se elegeu deputado federal constituinte com uma das maiores votações do antigo Distrito Federal.
Entre 1947 e 1948, por sua ação decidida em defesa da democracia, da soberania nacional e dos direitos sociais dos trabalhadores, o PC do Brasil teve o seu registro e de seus deputados cassados. Prestes, Amazonas e os demais membros da comissão executiva caíram novamente na clandestinidade.
Um fato importante na formação teórica de Amazonas foi ter feito o curso de marxismo-leninismo na ex-URSS entre 1953 e 1955. Foram quase dois anos de estudos rigorosos que o ajudariam muito nos embates políticos e teóricos que viriam.
A partir da segunda metade de 1950, Amazonas participou ativamente da luta contra o reformismo que crescia no interior do movimento comunista, especialmente após o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética (PCUS). Por esse motivo, em 1957, ele, Maurício Grabois e Diógenes Arruda foram destituídos da comissão executiva do Comitê Central.
A direção eleita no V Congresso realizado em 1960 tentou registrar um novo programa e estatuto, visando a conseguir sua legalização. Entre as alterações propostas incluíam-se a mudança do nome da organização, que passaria a se chamar Partido Comunista Brasileiro, e a retirada de qualquer referência ao internacionalismo proletário e ao marxismo-leninismo.
Amazonas e outros dirigentes protestaram e enviaram uma carta ao Comitê Central, assinada por cem comunistas. Nela exigiam a retirada dos documentos e a convocação de um novo congresso para discutir as mudanças propostas. Os principais signatários do documento foram expulsos do PC, agora, denominado “brasileiro”. Diante da impossibilidade de mudar os rumos que tomava a direção partidária, os membros da corrente revolucionária resolveram dar o passo decisivo no sentido de romper com os reformistas e reorganizar o Partido Comunista do Brasil: em fevereiro de 1962  realizaram uma conferência extraordinária na qual foi aprovado um manifesto-programa que reafirmava as teses e os princípios que consideravam marxista-leninistas. A vida comprovou que este acontecimento foi um ato de coragem e sagacidade política e de largo alcance histórico.
O  golpe militar que viria a seguir, em 1964, representou para muitos militantes uma derrota da linha política apregoada pelo PC Brasileiro (PCB) e confirmou algumas das teses defendidas por João Amazonas e seus camaradas do PC do Brasil.
Entre 1968 e 1972, Amazonas participou ativamente da organização da Guerrilha do Araguaia, o principal movimento de contestação armada ao regime militar. No final de fevereiro de 1972 ele se vê obrigado a sair da região onde se preparava a resistência armada – o sul do Pará–, para participar de uma reunião do Comitê Central. Quando estava voltando teve notícia de que a ofensiva do exército contra os guerrilheiros havia começado. Os caminhos de sua reintegração à guerrilha estavam fechados.
Entre o final de 1972 e início de 1973 foram presos, barbaramente torturados e assassinados vários membros do Comitê Central. Era o começo da operação que visava a eliminar a direção do partido que promovia a Guerrilha do Araguaia. Em 16 de dezembro de 1976, a casa na qual havia se realizado uma reunião do Comitê Central foi cercada e metralhada pela repressão. Nesta operação repressiva foram assassinados Ângelo Arroio, Pedro Pomar e João Batista Drummond.
Na ocasião, Amazonas estava representando o Partido no exterior. Esta missão o salvou de uma morte certa, pois os militares tinham como um de seus objetivos principais a eliminação física do secretário-geral do PCdoB. Amazonas, obrigado a se exilar, só pôde voltar ao Brasil em 1979 depois da conquista da Anistia.
Amazonas foi sempre um opositor radical da ditadura militar e, por isso mesmo, odiado por ela. Nas selvas do Araguaia, a organizar com seus companheiros a resistência armada em defesa da democracia, nos palanques, em 1984, na campanha das diretas já! e, em 1985, nas articulações que levaram à escolha de um candidato único das oposições visando a derrotar a ditadura no colégio eleitoral, lá estava o incansável Amazonas. Ele sabia como ninguém articular amplitude e radicalidade, sem perder o rumo.
Ele não se dedicou apenas à luta política, mas se preocupou também com os problemas teóricos. Fez palestras, escreveu artigos e publicou livros. Uma viva demonstração do valor que ele dava à teoria, à luta de idéias, foi sua iniciativa de criar, em março de 1981, a revista Princípios, da qual foi editor durante anos. Ela é uma revista marxista brasileira de vida mais longa. Uma das originalidades de Princípios está no fato de articular teoria, política e informação, preenchendo assim uma lacuna existente no mercado editorial em nosso país.
Amazonas foi um ardoroso defensor da unidade das forças progressistas e um dos artífices da Frente Brasil Popular em 1989 que sustentou a primeira campanha de Lula à presidência.
Com a vitória de Fernando Collor, a luta contra o neoliberalismo passou a ser questão central da ação política das forças democráticas e populares. O PCdoB, com Amazonas à frente, defendeu a palavra-de-ordem “Fora Collor!” que empolgou a juventude brasileira e levou ao impedimento do presidente da República.
Mas a derrota de Collor não representou a derrota definitiva do neoliberalismo em nosso país. Com a vitória de FHC, o projeto recobra seu fôlego. Amazonas defendeu, então, a formação de uma ampla frente oposicionista, que tivesse como núcleo as forças de esquerda. Uma frente que se constituísse através de um programa nacional e democrático que apontasse para superação do neoliberalismo e se sustentasse num amplo movimento de massas. Esta concepção tática contribuiu decisivamente para a vitória de Lula em 2002.
Suas contribuições políticas e teóricas não se reduziram apenas ao Brasil. Desde o final da década de 1980, Amazonas foi um dos poucos que se colocou contra a política adotada por Gorbachev, denunciando-a como uma via de retorno ao capitalismo. O que propunham os líderes soviéticos naquela ocasião não era renovar o socialismo, depurando-o de seus erros e deformações, e sim de destruí-lo. Após a derrota do socialismo na URSS e no Leste europeu, Amazonas conclamou que a esquerda revolucionária realizasse um profundo balanço crítico dessas experiências. Refletisse sobre as derrotas, mas sem capitular diante da maré liberal e social-democratizante.
Era preciso reconhecer a crise e lutar para superá-la, reafirmando e atualizando o marxismo e o leninismo, sem dogmas. Ele deu uma contribuição teórica e ideológica  importante para que o socialismo fosse reafirmado em bases novas. Ele, de maneira ousada, propôs a unidade das diversas organizações que ainda reafirmavam sua identidade comunista. Diante da ofensiva mundial do imperialismo era preciso vencer o sectarismo e construir a unidade das forças avançadas.
No dia 27 de maio de 2002, morreu João Amazonas. Antes, do seu próprio punho deixou lavrado um pedido. Queria que suas cinzas fossem lançadas na região onde aconteceu a Guerrilha do Araguaia: “É uma forma de juntar-me aos que lá tombaram”.
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*Historiador e membro da Comissão Editorial de Princípios